quarta-feira, 11 de julho de 2012

Governo de Cem Dias

Governo dos Cem Dias

Exílio em Elba

O Tratado de Fontainebleau, de 1814, exila Napoleão na Ilha de Elba, mas lhe dá o direito a uma pensão de 2000 francos e o de poder levar uma escolta com 400 militares; além disso, o seu título de imperador é mantido. Quando chega na ilha, em 4 de maio de 1814, ele acaba por passar dificuldades lá, pois a sua pensão não é paga. Separado da esposa e do filho e sabendo de rumores de que ele iria ser banido para uma ilha remota no meio do Oceano Atlântico, Napoleão escapa de Elba em 26 de fevereiro de 1815. Ele aportou em Golfe-Juan, na França, dois dias depois. O 5º Regimento foi enviado para interceptá-lo. Napoleão encarou toda a tropa sozinho, desmontou de seu cavalo e, quando encontrou-se sob a linha de fogo, gritou, "Aqui estou eu! Matem seu imperador, se assim o quiserem!" Os soldados responderam com "Vive L'Empereur! (Viva o Imperador!)" e marcharam com Napoleão até Paris, de onde Luís XVIII fugiu. Assim, Napoleão reconquista o poder.

A volta ao poder

Inicia-se então o Governo dos Cem Dias. Napoleão então tenta fazer uma constituição baseada no liberalismo, contrariando as expectativas dos republicanos, que queriam a volta da Revolução e a perseguição aos nobres. A Europa coligada retoma sua luta contra o Exército francês. Napoleão entra na Bélgica em junho de 1815, mas é derrotado por uma coligação anglo-prussiana na Batalha de Waterloo e abdica pela segunda vez, pondo fim ao Império Napoleônico. Mas a expansão dos ideais iluministas continuou.

Exílio em Santa Helena

Napoleão foi preso e então exilado pelos britânicos na ilha de Santa Helena (território) em 15 de outubro de 1815. Lá, com um pequeno legado de seguidores, contava suas memórias e criticava aqueles que o capturaram.

Morte

Até hoje, não há certeza da causa da morte de Napoleão. Na década de 1960, pesquisadores investigaram sua casa na ilha de Santa Helena (território) e encontraram restos de arsênio (veneno letal) em suas roupas, cabelo, nos móveis, pratos, talheres, etc. Então, concluiu-se que ele fora envenenado aos poucos, até sua morte.
Porém, hoje em dia, já se sabe que Napoleão tinha câncer no estômago e, provavelmente, foi tratado com um remédio da época que, possuía, em sua constituição, arsênio e solventes. Como tomou esse remédio por um período grande e constantemente, acredita-se que o arsênio acumulou-se em seu organismo. Ele está sepultado no Hôtel des Invalides em Paris.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Império

A opinião pública foi mobilizada pelos apoiadores de Napoleão, que levou à aprovação para a implantação definitiva do governo do Império. Em plebiscito realizado em 1804, aprovou-se a nova fase da era napoleônica com quase 60% dos votos, reinstituiu-se o regime monárquico na França e indicou-se Napoleão para ocupar o trono.
O Império Francês atingiu sua extensão máxima neste período, em torno de 1812, com quase toda a Europa Ocidental e grande parte da Oriental ocupadas, possuindo 150 departamentos, com 50 milhões de habitantes, quase um terço da população européia da época.

Durante a expanção territorial, Napoleão realizou uma série de batalhas para a conquista de novos territórios para a França. O exército francês (chamado agora de Grande Armée, ou "Grande Exército") aumentou o número de armas e de combatentes, e tornou-se o mais poderoso de toda a Europa.

Bloqueio Continental: :
Na busca de outras maneiras para derrotar ou enfraquecer os ingleses, o Império Francês impôs o Bloqueio Continental em 1806, onde Napoleão impunha que todos os países europeus deveriam fechar seus portos para o comércio com a Inglaterra, enfraquecendo as exportações do país e causando uma crise industrial.

Um problema que afectou muitos países que participaram do Bloqueio continental era que a Inglaterra, que já tinha passado pela Revolução Industrial, estava com uma firme produção de produtos industriais, e muitos países europeus ainda não possuíam produção industrial própria, e dependiam da Inglaterra para importar este tipo de produto, em troca de produtos agrícolas.
 


 Em 1806 decretou o Bloqueio Continental, o qual dizia que todos os países da Europa deveriam fechar seus portos ao comércio inglês. Mas este decreto não surtiu o efeito esperado, pois a França não consiguia abastecer todo o mercado da Europa.

A Rússia tinha aderido a esse decreto após um acordo com a França (Paz de Tilsit), mas como era um país essencialmente agrícola e estava enfrentando uma grave crise econômica viu-se obrigado a abandonar o Bloqueio Continental.

A França procurou-se beneficiar no Bloqueio continental com o aumento da venda dos produtos produzidos pelos produtores franceses, aumentando as exportações dentro da Europa e no mundo. A fraca quantidade de produtos manufacturados deixou alguns países sem recursos industriais.
 




Invasão à Inglaterra:  Em Outubro de 1805, os franceses usaram a marinha para atacar a Inglaterra por mar, mas não tiveram sucesso, derrotados pela marinha inglesa, comandada pelo almirante Nelson, batalha que ficou conhecida como Batalha de Trafalgar, firmando o império naval britânico.



Invasão à Rússia
Em 1812, a aliança franco-russa é quebrada pelo czar Alexandre, que rompe o bloqueio contra os ingleses. Napoleão empreende então a campanha contra a Rússia. Entra em Moscovo e, durante a retirada, o frio e a fome diminui grande parte do Exército francês. Enquanto isso, na França, o general Malet, apoiado por sectores descontentes da burguesia e da antiga.Porém Portugal não se aderiu ao bloqueio continental.

Insatisfeito com a decisão portuguesa, o exército francês começou a dirigir-se a Portugal. Sem alternativas de negociação e sabendo nobreza francesas, arma uma conspiração para dar um golpe de Estado contra o imperador. Napoleão regressa imediatamente a Paris e controla a situação.que não teria como vencer as tropas, a Família Real portuguesa, incluindo o príncipe-regente D. João VI, que chefiou a operação, fugiu para o Brasil, instalou e operou o governo português directamente de lá, do Rio de Janeiro em 1808.

Quase 10 mil pessoas fugiram para o Brasil, transferindo praticamente todo o quadro do aparelho estatal. Além de pessoas do governo muitos nobres, comerciantes ricos, juízes de tribunais superiores, entre outros, vieram junto. O exército de Napoleão atravessou Portugal sem encontrar uma só resistência.